terça-feira, 15 de setembro de 2009

CASA DE CAMPO - VENDE-SE SANTARÉM, RIBATEJO

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sábado, 12 de setembro de 2009

Prova em Tomar

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Á Boleia



Ao fazer uma busca na web, descobri ao acaso esta imagem pouco vulgar que me deu vontade de fazer aqui no blog, uma pequena análise sobre este peixe invulgar.

A LAMPREIA



As lampreias são peixes de água doce ou anádromas com forma de enguias, mas sem maxilas. A boca está transformada numa ventosa circular com o próprio diâmetro do corpo, reforçada por um anel de cartilagem e armada com uma língua-raspadora igualmente cartilaginosa. Várias espécies de lampreia são consumidas como alimento.

As lampreias são classificadas Hyperoartia, que incluem os animais com maxilas. Algumas espécies de lampreias têm um número de cromossomas que é recorde entre os cordados, chegando a 174. A larva ammocoetes tem um tamanho máximo de 10 cm, enquanto que os adultos podem ultrapassar 120 cm.

As lampreias possuem no topo da cabeça um "olho pineal" translúcido e, à frente, uma única "narina", o que é um caso único entre os vertebrados actuais. Esta "narina" também é chamada abertura naso-hipofisial, uma vez que liga ao órgão do olfacto e a um tubo cego que inclui a glândula pituitária ou hipófise.

Os olhos são relativamente grandes, estão equipados de cristalino, mas não possuem músculos oculares intrínsecos, como os restantes vertebrados. Por trás deles, abrem-se sete fendas branquiais. Uma outra característica deste grupo de peixes é a inexistência de verdadeiros arcos branquiais – a câmara branquial é reforçada externamente por um cesto branquial cartilagíneo.



A ventosa que forma a boca da lampreia funciona como tal através dum complexo mecanismo que age como uma bomba de sucção: inclui um pistão, o velum e uma depressão na cavidade bucal, o hydrosinus.

As lampreias não têm um esqueleto mineralizado, mas encontram-se regiões de cartilagem calcificada no seu endoesqueleto. O crânio é composto por placas cartilagíneas, como o das mixinas, mas é mais complexo e inclui uma verdadeira caixa craniana onde está alojado o cérebro.

Tanto as lampréias marinhas como as de água doce se reproduzem em rios. A sua vida larvar (ver abaixo), que pode durar até sete anos, é sempre passada no rio onde nascem. A certa altura, elas sofrem uma metamorfose e transformam-se em adultos.

As espécies anádromas migram para o mar depois da metamorfose, onde se desenvolvem e atingem a maturação sexual. Este processo pode durar um ou dois anos. Quando atingem a maturidade sexual, as lampréias entram num rio, reproduzem-se e morrem.

As lampreias encontram-se principalmente em águas temperadas, tanto no hemisfério norte, como no sul.

Algumas espécies são parasitas, fixando-se a outros peixes, cuja pele abrem com a sua língua-raspadora e sugam-lhes o sangue. Esta é também uma forma de se deslocarem.
A ventosa bucal também lhes serve para se agarrarem a pedras ou vegetação aquática para descansarem. Por esta razão, em alguns locais da Europa são conhecidas por suga-pedra ("stone-sucker" em inglês).

As lampreias, principalmente a larva ammocoetes, são usadas como isco na pesca. No entanto, em alguns países (como Portugal, por exemplo), os adultos são considerados uma especialidade culinária.

A poluição dos rios, à qual as larvas são especialmente sensíveis, tem sido a causa da sua quase extinção em muitos rios da Europa. Existem registos fósseis de lampreias desde o período Carbónico superior, com cerca de 280 milhões de anos de idade.

GASTRONOMIA



Algumas espécies de lampreias são usadas como alimento. No sul da Europa, sobretudo em Portugal, Espanha e França, a lampreia é tida por iguaria requintada, sendo vendida nos restaurantes a preços muito elevados.

Em Portugal, a lampreia é comida sobretudo em arroz de lampreia, com uma confecção próxima da cabidela, e à bordalesa, um guisado normalmente acompanhado de arroz. Alguns restaurantes e casas fazem-na também assada no espeto. A lampreia é comida de finais de Janeiro a meados de Abril.

Aqui ficam umas receitas com lampreia para quem aprecia este ciclóstomo não só na própria época, mas igualmente, durante o resto do ano:

Sopa de Lampreia

Põe-se a refogar com banha e azeite uma cebola picadinha, bocados de presunto, salsa, pimenta e dente de alho. Adiciona-se água de cozer o peixe e deixa-se ferver alguns minutos. Entretanto, prepara-se ao lado, alguns toros de lampreia refogados em molho de sangue (sangue de lampreia misturado com vinho tinto) e que devem depois ser cortadas em fatias muito delgadas. Junta-se água de cozer o peixe, acrescenta-se um pouco de molho deixando-se ferver durante dez minutos. Deve-se servir quente, podendo acrescentar-se pão torrado e temperar a gosto.

Lampreia em Escabeche

À moda de Seixas, segundo a receita tradicional. Depois de pelada e limpa em água quente depois de tirada a tripa, areia-se de sal e fica assim durante três ou quatro horas. Faz-se uma marinada com meio quartilho de vinagre branco, meio quartilho de vinho branco bom, um quarteirão de azeite, umas pernas de salsa, umas rodelas de cebola, seis grãos de cravo e seis de pimenta, uma pitada de pimenta moída. Ferve durante dez minutos após o que se coloca a lampreia devidamente lanhada em toros após ter sido temperada de sal. Ferve durante meia hora e deixa-se arrefecer em separado lampreia e molho. Deita-se, posteriormente, numa terrina molho e lampreia e que deve ficar devidamente coberta e tapada.

Antigamente, e para conservar a lampreia durante o ano inteiro, a lampreia e o molho eram colocados numa lata e seria levada ao latoeiro para soldar fazendo com que a lampreia pudesse assim conservar-se o tempo que se quisesse.

Ovas de Lampreia com Ovos Mexidos

Ingredientes: ovas de uma lampreia / 3 ovos / uma cebola pequena / azeite q.b.

Preparação: batem-se os ovos que são adicionados às ovas da lampreia. Pica-se a cebola e vai tudo ao lume a fritar em azeite.

Pataniscas de Lampreia

Ingredientes: 1 lampreia seca fumada / 3 gemas de ovos / farinha q.b.

Corta-se a lampreia em pedaços e põe-se de molho em água durante algumas horas. Passam-se os pedaços de lampreia por ovo e farinha e fritam-se em sertã em larga fritura. Servem-se em travessa acompanhadas de verduras.

Espero que tenham gostado da análise;

(Wikitextos e Douro Culinária)

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